sexta-feira, 19 de novembro de 2010

RESPOSTAS - GUIA DE ESTUDO

SUCESSÃO ECOLÓGICA
1- Espécies pioneiras são aquelas que conseguem se instalar em lugares inóspitos, suportando suas severas condições e abrindo caminho para a chegas de outras espécies. Líquens e musgos.
2- Sucessão ecológica primária é a que ocorre em uma área antes desabitada, cujas condições iniciais eram altamente desfavoráveis à vida. Ex.: a sucessão que ocorre em uma lava vulcânica. A sucessão secundária é a que ocorre em locais desabitados, mas que já foram anteriormente ocupados por uma comunidade biológica e, por isso, apresentam condições iniciais relativamente favoráveis ao estabelecimento de uma comunidade biológica. Ex.: a sucessão que ocorre em um campo de cultivo abandonado em uma área florestal.
3- Microclima refere-se às condições ambientais particulares do biótopo ao qual estão adaptadas determinadas espécies.
4- a) os organismos das comunidades em sucessão provocam modificações na estrutura física do hábitat e no clima, inaugurando nichos ecológicos novos, que favorecem a chegada de novas espécies. Por exemplo, plantas suculentas criam o nicho ideal para pulgões e para outros insetos herbívoros. Estes, servem de alimento a insetos predadores, que servirão de alimento a pássaros insetívoros e assim por diante. b) o aparecimento de novos nichos ecológicos leva ao aumento da diversidade de espécies na comunidade, ou seja, ao aumentos da biodiversidade. Com isso, aumetna o número total de indivíduos capazes de viver na comunidade e, portanto, a biomassa do ecossistema em sucessão. c) o crescimento da teia de relações entre seus componentes permite à comunidade ajustar-se cada vez mais às variações impostas pelo meio, aumentando sua homeostase, isto é, sua capacidade de manter-se estável apesar das variações ambientais.
5- comunidade clímax é uma comunidade estável, em que a biodiversidade, a biomassa e as condições microclimáticas tendem a manter-se constantes. Nesse estágio é atingido o máximo da homeostase. O clímax é um estado de estabilidade da comunidade resultante da sucessão compatível com as condições da região.

GRANDES BIOMAS MUNDIAIS
1- Bioma é um conjunto de ecossistemas terrestres com vegetação característica e fisionomia típica, onde predomina certo tipo de clima. Savana, Floresta tropical pluvial e desertos.
2- O bioma denominado tundra situa-se nas regiões próximas ao pólo ártico, no norte do Canadá, da Europa e da Ásia. Nesses locais a neve cobre o solo durante quase todo o ano, exceto nos três meses de verão, quando a temperatura chega, no máximo, a 10°C positivos. No verão, apenas uma fina camada superficial do solo descongela-se; poucos centímetros abaixo da superfície, o solo permanece congelado, impedindo a drenagem da água do degelo, o que leva à formação de vastos pântanos.
3- O bioma denominado taiga situa-se principalmente no hemisfério norte, ao sul da tundra ártica, onde o clima é frio, com invernos quase tão rigorosos quanto os da tundra, embora a estação quente seja um pouco mais longa e amena. A taiga é conhecida também como floresta de coníferas, pois é constituída basicamente por árvores do grupo das coníferas, como os pinheiros, além de apresentar musgos e líquens. As folhas dos pinheiros são estreitas e afiladas adaptadas para resistir às baixas temperaturas.
4- O bioma denominado floresta temperada decídua é típico de certas regiões da Europa e da América do Norte, onde o clima é temperado e as quatro estações do ano são bem delimitadas. Na floresta temperada predominam árvores que perdem as folhas no final do outono e as readquirem na primavera; daí serem chamadas plantas decíduas. A perda das folhas é uma adaptação ao inverno rigoroso, pois permite reduzir a atividade metabólica da planta, o que é necessário para suportar as baixas temperaturas.
5- O bioma denominado floresta tropical, também chamado de floresta pluvial tropical, localiza-se em regiões de clima quente e com alto índice pluviométrico, ou seja, na faixa equatorial da Terra. A vegetação da floresta tropical é exuberante e com árvores de grande porte, cujas folhas não caem no inverno pouco rigoroso. As plantas tem, em geral, folhas largas e delicadas. As copas mais altas formam um teto de vegetação, sob o qual existe um andar interno, formado pelas copas de árvores mais baixas. A estratificação resultante dos diversos andares de vegetação origina diversos microclimas, com diferentes graus de luminosidade e umidade. Sobre os troncos da árvores, disputando condições melhores de luminosidade, há muitas plantas epífitas, como bromélias e samambaias. Nas florestas tropicais, a reciclagem da matéria orgânica é muita rápida. A derrubada da floresta empobrece rapidamente o solo dos nutrientes. Na floresta há uma grande quantidade de nichos ecológicos o que permite a existência de uma fauna rica e variada.
6- O bioma tipo savana caracteriza-se por apresentar arbustos e árvores de pequeno porte, além de gramíneas. É encontrado na África, na Ásia, na Austrália e nas Américas. Na savana africana, a fauna compõe-se de variados herbívoros de grande porte e de grandes carnívoros. Há diversa espécies de pássaros, de gaviões e de aves corredoras, entre elas o avestruz. No Brasil, um tipo de savana é o cerrado.
7- O bioma denominado pradaria, ou campo, apresenta vegetação constituída predominantemente por gramínea. Esse bioma é encontrado em regiões com períodos marcados de seca, como certas áreas da América do Norte e da América do Sul. Os pampas gaúchos são um tipo de pradaria. A fauna da pradaria é constituída por roedores (hamsters e marmotas) e carnívoros (lobos, coiotes e raposas). Nas pradarias também são abundantes os insetos.
8- O bioma denominado deserto localiza-se em regiões de pouca umidade. Sua vegetação, constituída por gramíneas e por pequenos arbustos, é rala e espaçada, ocupando apenas os locais em que a pouca água existente pode se acumular. As maiores regiões desérticas do globo situam-se na África (deserto do Saara), e na Ásia (deserto de Gobi). A fauna predominante no deserto é composta de animais roedores (ratos-cangurus e marmotas), por répteis (serpentes e lagartos) e por insetos. Animais e plantas do deserto tem marcantes adaptações à falta de água. Os cactos, por exemplo, tem espinhos em vez de folhas, o que reduz a área da planta que perderia água por transpiração. Muitos animais saem das tocas somente à noite, e outros podem passar a vida inteira sem beber água, extraindo-a do alimento que ingerem.

PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS
1- A Floresta Amazônica , localiza-se na região Norte do Brasil. O clima reúne condições propícias ao desenvolvimento de um exuberante bioma. A floresta apresenta diversos estratos ou andares formados pelas copas das árvores; o mais alto localiza-se, em geral, entre 30 m e 40 m acima do solo. Entre as árvores da floresta destaca-se a castanheira-do-pará, cujo tronco pode atingir até 3 m de diâmetro e 50 m de altura. A árvore mais conhecida é a seringueira que pode atingir até 30 m de altura, com tronco de mais de 1 m de diâmetro. É do tronco da seringueira que se extrai o látex, a partir do qual é fabricada a borracha natural. A floresta é rica em plantas epífitas, entre as quais se destacam grandes bromeliáceas. Há também epífitas da família das aráceas e begoniáceas, cujas raízes, aéreas chegam até o solo, constituindo densas cortinas de cipós.
2- A floresta atlântica , situa-se nas montanhas e planícies costeiras, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. As árvores apresentam folhas largas e perenes, como as da floresta amazônica. A altura média do andar superior oscila entre 30 m e 35 m, mas a maior densidade da vegetação é a do andar arbustivo. Há grande diversidade de epífitas, como bromélias e orquídeas. Na Bahia, extensas áreas de floresta costeiras foram totalmente destruídas para dar lugar a plantações de cana de açúcar, cacau e banana. A floresta atlântica é um dos biomas mais desvastados pela exploração humana.
3- O cerrado situa-se nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no oeste de São Paulo e Paraná. Há também algumas "ilhas" de cerrado na região amazônica. O cerrado é um bioma do tipo savana, com vegetação arbórea esparsa formada por pequenas árvores e arbustos, muitos deles com cascas espessas. O solo, na estação das chuvas, é relativamente rico em gramíneas, que secam na época das secas. As árvores do cerrado geralmente tem casca grossa e troncos retorcidos; dentre as espécies mais comuns estão o ipê e a peroba-do-campo. O clima do cerrado é relativamente quente, com temperatura média anual por volta de 26° C e índices pluviométricos entre 1.100 mm e 2.000 mm por ano, mas sua vegetação parece ser influenciada pelas características do solo.
4- O bioma pampa, é um tipo de pradaria. Localiza-se principalmente no norte do Rio Grande do Sul. Os pampas ocupam áreas de planície e caracterizam-se pela predominância de gramíneas. Eventualmente podem ser encontrados pequenos bosques de arbustos no interior do pampa, mas são formações isoladas, que não chegam a quebrar a homogeneidade do bioma. O índice de chuvas no pampa fica entre 500 mm e 1.000 mm anuais. A temperatura varia de acordo com a estação, sendo, no inverno, entre 10°C e 14°C e, no verão, entre 20°C e 23°C. Atualmente, a maior parte da vegetação original do pampa foi destruída para dar lugar a áreas cultiváveis.
5- A caatinga é um bioma que ocupa cerca de 10% do território brasileiro, estendendo-se pelos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais. A caatinga tem índices pluviométricos baixos. Além de suas condições climáticas serem rigorosas, a região das caatingas está submetida a ventos fortes e secos, que contribuem para a acidez da paisagem nos meses de seca. A vegetação da caatinga é formada por plantas com marcantes adaptações ao clima seco, como folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis e caules suculentos. Entre as poucas espécies da caatinga que não perdem as folhas na época da seca destaca-se o juazeiro, uma das plantas mais típicas desse bioma.
6- A Floresta de cocais localiza-se em certas áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte; sua espécie vegetal mais típica é o babaçu. A região onde ocorre a floresta de cocais tem índice elevado de chuvas. Um aspecto interessante é que o solo, na região dos babaçuais, possui um lençol freático pouco profundo, permanecendo úmido o ano todo. A floresta de babaçu tem importância econômica; das sementes da palmeira extrai-se o óleo, e as folhas são utilizadas para a cobertura de casas e para a fabricação de utensílios domésticos.
7- Pantanal mato-grossense é uma vasta planície inundável que ocupa, em berritório brasileiro, a parte oeste dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, estendendo-se ainda pelo Paraguai, Bolívia e Argentina. No pantanal há grande número de espécies vegetais, a maioria delas também presente em outros biomas brasileiros; poucas espécies são endêmicas, isto é, exclusivas da região. Entre estas destaca-se o carandá, uma espécie de palmeira parecida com a carnaúba. Em alguns locais mais altos, onde o solo não retém água da chuva, a vegetação pode apresentar a feição típica da caatinga, com cactos, barrigudas e gravatás. O bioma do Pantanal é constituído por uma fauna aquática bem variada, que se beneficia das cheias periódicas.
8- Os manguezais são ecossistemas litorâneos com vegetação característica, onde o solo é lodoso e salgado. Formam-se junto a desembocadura de rios e em litorais protegidos da ação direta do mar, tais como baías de águas paradas ou litorais guarnecidos por diques de areia. Durante a maré cheia, o solo do mangue fica coberto por água salgada. Os manguezais estendem-se por toda a costa brasileira. Os manguezais são restritos ao clima tropical e suas características se devem predominantemente aos chamados fatores edáficos, isto é, relativos ao solo. Este é formado por areia fina e lodo, e apresenta teor variado de sal, dependendo de sua proximidade e contato com a água do mar. Por estar constantemente alagado, o solo do mangue é pobre em gás oxigênio, o que determina a sobrevivência apenas de bactérias anaeróbias produtoras de gás sulfídrico, que conferem a esse bioma um cheiro característico.

IMPACTOS AMBIENTAIS
1- O crescimento da população humana e o desenvolvimento industrial e tecnológico, implementados pelo progresso científico tem exposto o planeta Terra a sérias ameaças: poluição, aumento da temperatura globais, destruição da camada de ozônio, esgotamento de recursos naturais, extinção de espécies etc. Felizmente, nas últimas duas décadas, muitas pessoas tem percebido a necessidade de se empenhar em um uso mais racional dos recursos naturais, sob o risco de deixar aos nossos descendentes um mundo inabitável.
2- Todas as espécies exploram recursos do ambiente, causando algum tipo de impacto sobre seus estoques; a espécie humana não é exceção. O grande desafio da humanidade, neste século XXI, é modificar o antigo conceito desenvolvimentista de progresso. É necessário refletir sobre o impacto que cada um de nós causa sobre o ambiente, em termos dos recursos que utilizamos e da destinação do lixo que produzimos. Só assim poderemos suavizar nosso impacto sobre a natureza e garantir um local habitável para as gerações futuras.
3- Poluição é a presença concentrada de determinadas substâncias químicas ou agentes físicos no ambiente, em geral, subprodutos da atividade humana, os poluentes. Estes prejudicam a vida de uma ou mais espécies de organismos de um ambiente.
4- As atividades humanas, principalmente nas sociedades industrializadas modernas, geram diversos tipos de poluentes: excrementos, urina, lixo, fumaça e resíduos industriais, gases do escapamento de veículos motorizados etc.
5- O controle da poluição depende, fundamentalmente, do esclarecimentos e da educação da população. Somente uma sociedade civil amplamente organizada será capaz de exercer uma fiscalização ambiental sistemática, exigindo a criação e principalmente o cumprimento de leis ecológicas eficientes.
6- As principais fontes geradoras da poluição atmosférica são os motores de veículos, as indústrias, a incineração de lixo doméstico e as queimadas de campos e florestas. Essas liberam anualmente na atmosfera milhões de toneladas de gases tóxicos, como monóxido de carbono, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio e hidrocarbonetos, além de partículas que ficam em suspensão.
7- Um dos poluentes mais perigosos para os habitantes das grandes metrópoles é o monóxido de carbono (CO), um gás incolor, inodoro, um pouco mais leve do que o ar e muito tóxico. Esse gás é produzido durante a queima incompleta de moléculas orgânicas e sua maior fonte de emissão são os motores a combustão de veículos como automóveis, motocicletas, ônibus, caminhões etc. O monóxido de carbono tem a propriedade de se combinar irreversivelmente com a hemoglobina do sangue, inutilizando-a para o transporte de gás oxigênio. A exposição prolongada ao monóxido de carbono pode levar à perda de consciência e à morte; o indivíduo intoxicado por esse gás tem sintomas de asfixia, com aumento dos ritmos respiratório e cardíaco.
8- O dióxido de enxofre (SO2), um gás tóxico proveniente da queima industrial de combustíveis, como o carão mineral e o óleo diesel, os quais contem enxofre como impureza, assim como o dióxido de nitrogênio (NO2), também liberado pela atividade industrial, reagem com vapor d'água na atmosfera, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico, respectivamente. Esses compostos dissolvem-se na água das nuvens e precipitam com elas nas chamadas chuvas ácidas. Em certos países europeus, nos quais a produção de energia é baseada na queima de carvão e óleo diesel, as chuvas ácidas tem provocado grandes danos à vegetação, além de corroer construções e monumentos.
9- A forma comum de poluir as águas é o lançamento de dejetos humanos e de animais domésticos nos rios, lagos e mares. Por serem constituídos de matéria orgânica, esses dejetos aumentam a quantidade de nutrientes disponíveis no ambiente, fenômeno denominado eutroficação. A eutroficação geralmente leva à grande multiplicação de bactérias aeróbias, o que acaba por consumir rapidamente todo o gás oxigênio existente na água. Como consequência, a maioria das formas de vida morre, inclusive as próprias bactérias.

RELAÇÕES ECOLÓGICAS

1- Relações intra-específicas são as que se estabelecem entre indivíduos de mesma espécie, enquanto relações interespecíficas são as que se estabelecem entre indivíduos de espécies diferentes. Exemplo de relação intra-específica é a sociedade; de relação interespecífica é a predação.
2- Competição intra-específica é a disputa, entre indivíduos de mesma espécie, por um ou mais recursos do ambiente. Dependendo da espécie, pode ocorrer competição por água, alimento, minerais, luz, locais par construir os ninhos, parceiros para reprodução etc. Além da luta física por alimento ou por parceiros de reprodução, a competição também pode se manifestar de outras formas. Por exemplo, se um animal é muito ativo na procura de alimento, ele tende a levar vantagem competitiva sobre outro mais lento, principalmente se o alimentos for escasso. Plantas podem competir por água e por nutrientes disponíveis no solo, e também por locais onde a luminosidade seja mais adequada. Em certas regiões desérticas, por exemplo, nota-se uma distribuição espaçada dos indivíduos de certas populações de plantas. Isso se deve à competição pelo suprimento de água no solo: como duas plantas não podem crescer muito perto uma da outra devido à escassez de água, elas distribuem-se com certa homogeneidade na área ocupada pela população.
3- Sociedades são grupos de organismos de mesma espécie em que os indivíduos apresentam algum grau de cooperação entre si e relativa independência e mobilidade. Estas últimas características distinguem sociedade de colônia, na qual os indivíduos são fisicamente unidos. Diversas espécies, inclusive a nossa, vivem em sociedade. Exemplos de sociedades altamente organizadas são encontrados nos insetos sociais das ordens Hymenoptera (abelhas, formigas e vespas) e Isoptera (cupins).
4- Em Apis mellífera, a rainha pode colocar dois tipos de ovo: não fecundado e fecundado. Os ovos não fecundados desenvolvem-se normalmente, fenômeno conhecido como partenogênese e originam machos haplóides com cromossomos exclusivamente maternos. Ovos fecundados originam fêmeas diplóides. Estas podem desenvolver-se como operárias ou como rainhas, dependendo do tipo de alimentação que recebem na fase larval. Larvas de operárias e de zangões são alimentadas principalmente com mel, enquanto certas larvas, alimentadas com uma substância especial, a geléia real, transformam-se em rainhas. Ao atingir a maturidade sexual, as jovens rainhas abandonam a colméia, seguidas por um pequeno grupo de operárias e zangões, e fundam colméias novas.
5- Quando analisadas sob o ponto de vista de ganho ou perda para os indivíduos envolvidos, as relações ecológicas interespecíficas podem ser classificadas em positivas ou negativas. Relações ecológicas positivas são aquelas em que um ou ambos os indivíduos associados beneficiam-se e não há prejuízo para nenhuma das partes. Relações ecológicas negativas são aquelas em que há prejuízo para um dos participantes da relação, o para ambos.
6- Protocooperação ou mutualismo facultativo é um tipo de relação ecológica em que as espécies associadas trocam benefícios, mas também podem viver sozinhas. Um exemplo de protocooperação é a relação entre os caranguejos eremita, e algumas espécies de anêmona do mar. Outro exemplo de protocooperação é a relação entre bois, búfalos e rincerontes, e aves que comem seus carrapatos. Crocodilos também convivem cooperativamente com aves que entram em sua boca, removendo detritos e sanguessugas de suas gengivas.
7- Herbivoria é a relação em que animais herbívoros comem partes vivas de plantas. Do ponto de vista individual, há prejuízo para as plantas e benefício para os animais que delas se alimentam. Essa relação, entretanto, é uma das mais importantes na natureza: é por meio da herbivoria que a energia captada da luz solar pelos produtores pode passar para os demais níveis tróficos das cadeias alimentares.
8- Inquilinismo é a relação em que uma espécie vive sobre ou no interior de uma espécie hospedeira, sem prejudicá-la. O recurso principal buscado pelo inquilino, como o próprio nome indica, é abrigo e moradia. Por exemplo, orquídeas, bromélias e samambaaias que crescem sobre outras plantas são exemplos de inquilinismo. Nesses casos, as espécies inquilinas são chamadas de epífitas. A vantagem das epífitas em crescer sobre árvores de grande porte é obter maior suprimento de luz para a fotossíntese, principalmente no ambiente pouco iluminado do interior das florestas.
9- No comensalismo, assim como no inquilinismo, uma das espécies é beneficiada pela simbiose, enquanto a outra, aparentemente, não obtém nenhum benefício com a relação, embora não sofra prejuízo. O recurso principal buscado pelo comensal é o alimento. Um exemplo clássico de comensalismo é a associação entre a rêmora (ou peixe piloto) e o tubarão. A rêmora se prende ao corpo do tubarão através de uma ventosa que possui no seu dorso. O tubarão fornece transporte gratuito para a rêmora e parece não se importar com sua presença. As rêmoras alimentam-se dos restos das presas caçadas pelos tubarões, obtendo vantagens com a associação.
10- Mutualismo, é um tipo de simbiose em que ambas as espécies que interagem obtêm benefícios. É uma relação permanente e indispensável à sobrevivência dos indivíduos associados. Um exemplo de mutualismo é a interação de ceras espécies de cupins de madeira e micro-organismos que habitam seu intestino.
11- Parasitismo é o tipo de simbiose em que uma espécie parasita associa-se a outra - espécie hospedeira - causando-lhe prejuízos por alimentar-se à sua custa. Organismos parasitas podem viver na superfície externa do hospedeiro, sendo então chamados ectoparasitos, o viver no interior do corpo do hospedeiro, sendo chamados endoparasitos. Exemplos de ectopasitos são piolhos e carrapatos, e de endoparasitos são as lombrigas, solitárias, bactérias, vírus e muitos outros. Há ainda espécies ectoparasitas de plantas, como os pulgões. Há também plantas parasitas de outras plantas. O cipó chumbo, por exemplo, é uma planta parasita de cor amarela, sem folhas nem clorofila, com aparência de fios de ovos, que cresce sobre outras plantas.


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